Abertura do Campeonato Sergipano de Motocross

Canindé do São Francisco - SE 08/03/2009

Essa corrida teve de tudo, indo do azar a sorte, mas mesmo com tudo isso tiveram vários pontos positivos...
Vocês devem estar estranhando o número num é? Bom, vou contar tudinho...

Chequei em pista por volta das 11:00hr e o calor estava de matar. Então armamos o box, fizemos inscrições e fomos almoçar. Por volta das 14:00hr entrei na pista pro primeiro treino e com apenas 3 voltas minha moto apresentou problemas, fui pro box muito triste, mais depois de conversar com meu pai, ele me cedeu a moto dele e mudou de categoria, pra que eu pudesse correr e não prejudicar o campeonato, já que 1 pontinho que seja pra mim faz uma diferença enorme, já que não sei se vou conseguir fazer todas as etapas. Então esse foi o motivo de correr com o #819.
Então voltei pra pista pra fazer as baterias normalmente e mais uma surpresa aconteceu... Numa descida (eu ainda não sei como consegui fazer isso) a moto virou pra frente e eu fui de cabeça no chão... na hora senti poucas dores e continuei meu treino normalmente, tomei alguns analgésicos e voltei pra última bateria do dia e tudo ocorreu perfeito. Já no início da noite e percebi que as dores aumentaram muito e fiquei um pouco preocupada. A noite foi interminável, já que não consegui dormir e as dores só aumentavam...
No domingo pela manhã elas estavam insuportável e não entrei pro único treino da manhã e fui até o hospital pra tirar um raio-x e ser medicada pra tentar correr. A parte óssea não sofreu nenhum dano, mas a parte muscular machucou um pouco, o médico me deu uma injeção e me proibiu de correr, sai do hospital muito triste, pois queria muito correr. Quando cheguei na pista, conversei com meu pai e ele falou que queria muito que eu corresse e que se responsabilizaria. Eu estava sentindo muita dor ainda, mais como o que meu pai fala eu assino em baixo num pensei nem duas vezes. Fiz o treino em outra categoria, já que a minha já tinha ocorrido e me concentrei pra corrida.
Fui pra largada muito tranqüila e concentrada, mais sabia das minhas limitações. Bati em outro piloto que estava parado e lá vai eu em último, fazer tudo aquilo que eu não estava em condições, que era uma prova de recuperação, fiz algumas voltas rápidas e recuperei algumas posições, só que bati num buraco na recepção de um dos saltos e todo o impacto foi pro meu pescoço, as dores ficaram insuportáveis e eu acabei diminuindo o ritmo e foquei em apenas terminar a corrida. Terminando em 16º... Foi um péssimo resultado eu sei disso, mas levando em conta o estado que eu tava, foi uma grande superação pra mim. E por isso fiquei feliz.

Agradeço muito à Deus por ter me protegido e não ter acontecido nada de sério. Ao meu pai que me cedeu sua moto pra eu correr e aos meus amigos que ficaram na torcida me apoiando e não me deixaram desistir.

Um grande abraço a todos.